domingo, 24 de julho de 2011

Poesia Fria



Minhas certezas passageiras sempre me levando
Enquanto isso, o tempo vai passando
E ontem mesmo eu vi o tanto que fui tonto
Depois nem mesmo sei aonde foi o encanto

A água que lavou minh’alma quase me afogou
Não tinha nem dado conta do quanto que passou
Já faz um tempo que não faço poesia
Lutar pra me aquecer aos poucos me esfria

Sorrisos mecânicos, alegrias artificiais
Pra não perder o foco converso com meus animais

Bom dia, sentir é defeito
Sem grito não se tem respeito

Nessa floresta de homens de terno
De acordo com lei tal... tal... eu estou no inferno
Não sei se amadureço ou estou apodrecendo
Do jeito que a vida está, morrer parece um prêmio...
Alan R. Toller

terça-feira, 12 de julho de 2011

Brilho de uma estrela cadente (Mal Passageiro)

Não tente brilhar demais
Para não cegar quem te vê
Não queira ser mais
Do que é você

Não seja egoísta
Não faça uma casa frente à Lua
Todos a querem
Ela não é só sua

Não encontre a si
Colocando todos num grande labirinto
Não encontre a si
Deixando todos perdidos

1:22 - 08/08/2001
Alan Rodrigues